Avião comercial chinês corta planos de entrega. "Problemas generalizados"

A fabricante estatal chinesa de aeronaves Comac cortou seus planos de entrega de seu principal avião de passageiros, o C919, em dois terços este ano, informou a Bloomberg na quarta-feira, citando fontes. Os cortes drásticos são resultado de problemas na cadeia de suprimentos que estão prejudicando a capacidade da empresa de manter os ritmos de produção.
A empresa chinesa depende fortemente de fornecedores americanos como Honeywell e Parker-Hannifin, que fornecem componentes essenciais, incluindo aviônicos, sistemas de controle de voo e motores.
Fontes da Bloomberg disseram que a Comac está enfrentando dificuldades "em praticamente todas as áreas importantes de sua cadeia de suprimentos".
A situação da Comac também foi agravada pela suspensão temporária, pelos EUA, das licenças de exportação de peças essenciais de motores fabricadas pela GE Aerospace, anunciada em julho.
De acordo com fontes da Bloomberg, a empresa sediada em Xangai agora pretende entregar cerca de 25 de seus jatos de corredor único este ano, apesar de ter aumentado sua meta de 50 para 75 aviões no início deste ano.
O avião a jato bimotor C919 da China, destinado a competir com o Airbus A320neo e o Boeing 737 Max, ainda não recebeu a certificação dos reguladores de aviação dos EUA e da Europa.
Este ano, a Comac entregou apenas seis aeronaves, incluindo cinco para companhias aéreas chinesas, enquanto as três maiores transportadoras chinesas esperavam um total de 32 entregas somente em 2025, observou a Bloomberg, acrescentando que a empresa garantiu entregas de 16 de suas aeronaves desde 2022.
Krzysztof Pawliszak (PAP)
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